terça-feira, 24 de novembro de 2009

Reflexão do mês


"Por que vês o argueiro no olho do teu irmão?"- Jesus
(MATEUS, 7:3.)
Habitualmente, guardamos o vezo de fixar as inibições alheias, com absoluto
esquecimento das nossas.
Exageremos as prováveis fraquezas do próximo, prejulgamos com rispidez e
severidade o procedimento de nossos irmãos...
A pergunta do Mestre acorda-nos para a necessidade de nossa educação, de v ez
que, de modo geral, descobrimos nos outros somente aquilo que somos.
A beneficio de nossa edificação recordemos a conduta do Cristo na apreciação de
quantos lhe defrontavam a marcha.
Para muitos, Maria de Magdala era a mulher obsidiada e inconveniente; mas para
ele surgiu como sendo um formoso coração feminino, atribulado por indizíveis angustias,
que, compreendido e amparado, lhe espalharia no mundo o sol da ressurreição.
No conceito da maioria, Zaqueu era usurário de mãos azinhavradas e infelizes; para
ele, no entanto, era o amigo do trabalho a quem transmitiria alevantadas noções de
progresso e riqueza.
Aos olhos de muita gente, Simão Pedro era fraco e inconstante; para ele, contudo,
representava o brilhante entrando nas sombras do preconceito que fugiria à luz do
Pentecoste para veicular-lhe o Evangelho.
Na opinião do seu tempo, Saulo de Tarso era rijo doutor da lei mosaica, de espírito
endurecido e tiranizante; para ele, porem, era um companheiro mal conduzido que
buscaria em pessoa, às portas de Damasco para ajudar-lhe a Doutrina.
Observemos amando, porque apenas o amor puro arrancará por fim as escamas de
trev a dos nossos olhos para que os outros nos apareçam na Benção de Deus que,
invariavelmente, trazem consigo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Livro dos Espíritos

23 - O que é o Espírito?
- O princípio inteligente do Universo.
23.a - Qual a sua natureza íntima?
- Não é fácil analisar o espírito na vossa linguagem. Para vós, ele não é nada, porque não é coisa palpável, mas, para nós, é alguma coisa. Ficai sabendo: Nenhuma coisa é o nada e o nada não existe.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ADORAÇÃO E FRATERNIDADE


Ora, temos da parte dele este mandamento, que aquele
que ama a Deus, ame também a seu irmão."
- João. ( I JOÃO, 4:21.)
Construirás santuários primorosos no culto ao Senhor da Vida...
Pronunciarás orações sublimes, exaltando-Lhe a glória excelsa...
Tecerás com cintilações divinas a palavra comovente e bela com que Lhe definirás a
grandeza...
Combinarás com mestria os textos da Escritura Divina para provar-Lhe a existência...
Exibirás dons mediúnicos dos mais excelentes de modo a falares d¢Ele, com eficiência e
segurança, às criaturas irmãs...
Escreverás livros admiráveis, comentando-Lhe a sabedoria...
Comporás poemas preciosos, tentando ornamentar-Lhe a magnificência...
Clamarás por Ele, em súplicas ardentes, revelando confiança e fidelidade...
Adora-Lo-ás com a tua prece, com a tua arte, com o teu carinho e com a tua inteligência...
Contudo, se não amas a teu irmão, por amor a Ele, Pai Amoroso e Justo, de que te vale o
culto filial, estéril e egoísta?
Um simples pai de família, no campo da Humanidade imperfeita, alegra-s e e dilata-se nos
filhos que, em lhe compreendendo a dedicação, se empenham no engrandecimento da
própria casa, através do amparo constante aos irmãos menos felizes.
Incontestavelmente, a lealdade de tua fé representa o perfume de alegria nas tuas
relações com o Eterno Senhor, mas não olvides que o teu incessante serviço, na
plantação e extensão do bem, é a única maneira pela qual podes realmente serv i- Lo.
Seja qual for a igreja em que externas a tua reverência à Majestade Divina, guarda, pois,
a oração por lâmpada acesa em tua luta de cada dia, mas não te esqueças de que
somente amparando os nossos irmãos inexperientes e frágeis, caídos e desditosos, é
que, de fato, honraremos a Bênção de Nosso Pai.Ora, temos da parte dele este mandamento, que aquele
que ama a Deus, ame também a seu irmão."
- João. ( I JOÃO, 4:21.)
Construirás santuários primorosos no culto ao Senhor da Vida...
Pronunciarás orações sublimes, exaltando-Lhe a glória excelsa...
Tecerás com cintilações divinas a palavra comovente e bela com que Lhe definirás a
grandeza...
Combinarás com mestria os textos da Escritura Divina para provar-Lhe a existência...
Exibirás dons mediúnicos dos mais excelentes de modo a falares d¢Ele, com eficiência e
segurança, às criaturas irmãs...
Escreverás livros admiráveis, comentando-Lhe a sabedoria...
Comporás poemas preciosos, tentando ornamentar-Lhe a magnificência...
Clamarás por Ele, em súplicas ardentes, revelando confiança e fidelidade...
Adora-Lo-ás com a tua prece, com a tua arte, com o teu carinho e com a tua inteligência...
Contudo, se não amas a teu irmão, por amor a Ele, Pai Amoroso e Justo, de que te vale o
culto filial, estéril e egoísta?
Um simples pai de família, no campo da Humanidade imperfeita, alegra-s e e dilata-se nos
filhos que, em lhe compreendendo a dedicação, se empenham no engrandecimento da
própria casa, através do amparo constante aos irmãos menos felizes.
Incontestavelmente, a lealdade de tua fé representa o perfume de alegria nas tuas
relações com o Eterno Senhor, mas não olvides que o teu incessante serviço, na
plantação e extensão do bem, é a única maneira pela qual podes realmente serv i- Lo.
Seja qual for a igreja em que externas a tua reverência à Majestade Divina, guarda, pois,
a oração por lâmpada acesa em tua luta de cada dia, mas não te esqueças de que
somente amparando os nossos irmãos inexperientes e frágeis, caídos e desditosos, é
que, de fato, honraremos a Bênção de Nosso Pai.

Fonte:Centro Espírita Kardecista no Caminho da Luz

domingo, 30 de agosto de 2009

CONQUISTA DO PRAZER


A cultura hedonista tem-se direcionado exclusivamente para o culto do prazer, principalmente aquele que se adquire com o menor esforço.Ninguém, entretanto, consegue viver em harmo­nia consigo próprio, sem a auto-realização, sem a con­quista das metas que facultam essa emoção estimula­dora e vital.Não obstante, a vida possui outros significados de pro­fundidade, outras realizações que, certamente, resultarão em prazer ético, estético, espiritual. Como conseqüência, a proposta hedonista falha no seu próprio conteúdo, que seria tornar a vida uma busca de prazer incessante.São inevitáveis as ocorrências do desgaste orgâ­nico, do conflito psicológico, do distúrbio mental, das dificuldades financeiras, sociais, existenciais.A própria dor faz parte do processo que integra a criatura no contexto da sociedade, sem cujo contri­buto desapareceriam os esforços para o auto-apri­moramento, a iluminação pessoal, o progresso geral.A emoção de dor constitui mecanismo da vida, que deve ser atendida sem disfarce, porqüanto o próprio crescimento do ser depende das experiências que ela proporciona.Quando o estoicismo propôs a resignação diante da dor, Atenas se encontrava sob imensos desafios po­líticos e morais.Renascendo várias vezes na História e trazendo a sua contribuição para a felicidade da criatura hu­mana, a partir de Boécio, que o vinculou à proposta cristã vigente, esteve no pensamento de René Des­cartes, de Montaigne e de outros, convidando à re­flexão e à coragem em quaisquer circunstâncias. To­davia, embora seja valiosa essa contribuição, a resig­nação sem uma imediata ou simultânea ação que con­duza o ser a libertar-se da injunção dolorosa, pode fazê-lo derrapar numa atitude masoquista, perturba­dora.A atitude estóica deve ser seguida pelo esforço de vencer o sofrimento, criando situações diferentes que gerem prazer, proporcionando motivação para prosse­guir a existência corporal, què é de grande importância para a vida em si mesma.Intermediando as duas conceituações filosóficas, o idealismo de Sócrates e Platão constitui-se como uma condição indispensável para a plenitude do prazer que pode ser conseguido mediante a consciência tranqüila, que se torna fruto de um coração pacificado em razão das ações de nobreza realizadas.
Fonte: Amor Imbatível Amor - Joana de Ângelis psicografado por Divaldo Pereira Franco

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Atributos de Deus

http://vidasemviagem.wordpress.com/2006/11/30/praias-do-nordeste-brasileiro/116. Os que professam esta doutrina pretendem nela encontrar a demonstração de alguns dos atributos de Deus. Sendo os mundos infinitos, Deus é, por isso mesmo, infinito, o vácuo ou o nada não existindo em parte alguma, Deus está em toda parte, Deus estando em toda parte, pois que tudo é parte integrante de Deus, dá a todos os fenômenos da Natureza uma razão de ser inteligente. O que se pode opor a este raciocínio? - A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer-lhe o absurdo. Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de inteligência suprema, seria em ponto grande aquilo que somos eu ponto pequeno. Ora, a matéria se transformando sem cessar, Deus, nesse caso, não teria nenhuma estabilidade e estaria sujeito a todas 57 as vicissitudes e mesmo a todas as necessidades da humanidade, faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. As propriedades da matéria não podem ligar-se à idéia de Deus, sem que o rebaixemos em nosso pensamento, e todas as sutilezas do sofisma não conseguirão resolver o problema da sua natureza íntima. Não sabemos tudo o que ele é, mas sabemos aquilo que não pode ser, e este sistema está em contradição com as suas propriedades mais essenciais, pois confunde o criador com a criatura, precisamente como se quiséssemos que uma máquina engenhosa fosse parte integrante do mecânico que a concebeu. A inteligência de Deus se revela nas suas obras, como a de um pintor no seu quadro, mas as obras de Deus não são o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.6. Os que professam esta doutrina pretendem nela encontrar a demonstração de alguns dos atributos de Deus. Sendo os mundos infinitos, Deus é, por isso mesmo, infinito, o vácuo ou o nada não existindo em parte alguma, Deus está em toda parte, Deus estando em toda parte, pois que tudo é parte integrante de Deus, dá a todos os fenômenos da Natureza uma razão de ser inteligente. O que se pode opor a este raciocínio? - A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer-lhe o absurdo. Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de inteligência suprema, seria em ponto grande aquilo que somos eu ponto pequeno. Ora, a matéria se transformando sem cessar, Deus, nesse caso, não teria nenhuma estabilidade e estaria sujeito a todas 57 as vicissitudes e mesmo a todas as necessidades da humanidade, faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. As propriedades da matéria não podem ligar-se à idéia de Deus, sem que o rebaixemos em nosso pensamento, e todas as sutilezas do sofisma não conseguirão resolver o problema da sua natureza íntima. Não sabemos tudo o que ele é, mas sabemos aquilo que não pode ser, e este sistema está em contradição com as suas propriedades mais essenciais, pois confunde o criador com a criatura, precisamente como se quiséssemos que uma máquina engenhosa fosse parte integrante do mecânico que a concebeu. A inteligência de Deus se revela nas suas obras, como a de um pintor no seu quadro, mas as obras de Deus não são o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Palavra de Vida nº 16

16 - NA SENDA DO CRISTO

"Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem."
- Jesus. (Mateus. 5:44.)
O caminho de Jesus é de vitória da luz sobre as trevas e, por isso mesmo, repleto de
obstáculos a vencer.
Senda de espinhos gerando flores, calvário e cruz indicando ressurreição...
O próprio Mestre, desde o início do apostolado, desvenda às criaturas o retiro da
elevação pelo sacrifício.
Sofre, renunciando ao divino esplendor do Céu, para acomodar-se à sombra terrestre na
estrebaria.
Experimenta a incompreensão de sua época.
Auxilia sem paga.
Serve sem recompensa.
Padece a desconfiança dos mais amados.
Depois de oferecer sublime espetáculo de abnegação e grandeza, é içado ao madeiro por
malfeitor comum.
Ainda assim, perdoa aos verdugos, olvida as ofensas e volta do túmulo para ajudar.
Todos os seus companheiros de ministério, restaurados na confiança, testemunharam a
Boa Nova, atravessando dificuldade e luta, martírio e flagelação.
Inúteis, desse modo, nos círculos de nossa fé, os petitórios de protecionismo e vantagens inferiores.
Ressurgindo no Espiritismo, o Evangelho faz-nos sentir que tornamos à carne para
regenerar e reaprender.
Com o corpo físico, retomamos nossos débitos, nossas deficiências, nossas fraquezas e
nossas aversões...
E não superaremos os entraves da própria liberação, providenciando ajuste inadequado
com os nossos desejos inconseqüentes.
Acusar, reclamar, queixar-se, não são verbos conjugáveis no campo de nossos princípios.
Disse-nos o Senhor -"Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem."
Isso não quer dizer que devamos ajoelhar em pranto de penitência pé de nossos
adversários, mas sim que nos compete viver de tal modo que eles se sintam auxiliados
por nossa atitude e por nosso exemplo, renovando-se para a o bem, de vez que,
enquanto houver crime e sofrimento, ignorância e miséria no mundo, não podemos
encontrar sobre a Terra a luz do Reino do Céu.
atenciosamente Centro Espírita Kardecista no Caminho da LuzRepasse aos seus familiares e amigos

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Livro dos Espíritos - Sobre Deus


Livro dos Espíritos

14 - Deus é um ser distinto, ou seria, segundo a opinião de alguns, o resultante de todas as forças e de todas as inteligências do Universo, reunidas?

- Se assim fosse, Deus não existiria, porque seria efeito e não causa, ele não pode ser, ao mesmo tempo, uma coisa e outra?

- Deus existe, não o podeis duvidar, e isso é o essencial. Acreditai no que vos digo e não queirais ir além. Não vos percais num labirinto, de onde não poderíeis sair. Isso não vos tornaria melhores, mas talvez um pouco mais orgulhosos, porque acreditaríeis saber, quando na realidade nada saberíeis. Deixai, pois, de lado, todos esses sistemas, tendes que vos desembaraçar de muitas coisas que vos tocam mais diretamente. Isto vos se mais útil do que querer penetrar o que é impenetrável.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Palavra de Vida do mês de Julho

"Vendei vossos bens e dai o dinheiro em esmola. Fazei para vós bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói."

Você é jovem e sente a exigência de uma vida ideal, sem meias medidas, radical? Ouça o que diz Jesus. Ninguém nesse mundo lhe pede tanto como Ele. Você está tendo a oportunidade de demonstrar sua fé e sua generosidade, seu heroísmo.


Você é adulto e anseia por uma existência séria, comprometida, embora sem perder a segurança? Ou então, já é idoso e deseja viver seus últimos anos confiando-se a alguém que não engana, sem preocupações desgastantes? Também para você é válida essa frase de Jesus.


De fato, no Evangelho ela é precedida por uma série de recomendações em que Jesus nos convida a não nos preocuparmos com o que deveremos comer e vestir, exatamente como as aves do céu, que não semeiam, e os lírios dos campos, que não tecem. Você deve, portanto, eliminar do seu coração toda e qualquer agitação com as coisas terrenas, porque o amor do Pai por você é bem maior do que pelas aves e pelas flores, e Ele mesmo cuida de você.


É por isso que lhe diz:

"Vendei vossos bens e dai o dinheiro em esmola. Fazei para vós bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói."

O Evangelho, no seu conjunto e em cada uma de suas palavras, é um pedido aos homens de tudo aquilo que são e que têm.
Antes da vinda de Cristo, Deus não pedia tanto assim. O Antigo Testamento considerava a riqueza terrena como um bem, uma bênção de Deus. E, se ele prescrevia dar esmola aos necessitados, era para obter a benevolência do Todo-poderoso.

Mais tarde, no judaísmo, a ideia da recompensa na outra vida já se tornara mais comum. De fato, um rei respondeu da seguinte maneira a alguém que o acusava de esbanjar os seus bens: "Meus antepassados acumularam tesouros para essa terra, enquanto que eu acumulei tesouros para o céu".


Ora, a originalidade da frase de Jesus está no fato de que Ele pede a você o dom total, pede-lhe tudo. Quer que você seja um filho livre, sem preocupações em relação ao mundo, um filho que se apoia somente n'Ele.
Ele sabe que a riqueza é um obstáculo enorme para você, pois ela ocupa o seu coração, enquanto Ele quer ter todo esse espaço disponível para si.


Daí, portanto, a recomendação:

"Vendei vossos bens e dai o dinheiro em esmola. Fazei para vós bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói."

E se você não pode se desfazer materialmente dos bens, devido a obrigações para com outras pessoas, ou porque a sua posição o obriga a se apresentar de modo mais requintado, isso não o dispensa de se desapegar espiritualmente dos bens e de ser um simples administrador deles. Assim, ao mesmo tempo que lida com a riqueza, você ama os outros e, administrando-a em função deles, você prepara um tesouro que a traça não corrói e o ladrão não rouba.


Mas, você tem certeza de que deve ficar com todos os seus bens? Ouça a voz de Deus que fala no seu íntimo; peça conselho, se não souber decidir. Você verá quantas coisas supérfluas encontrará entre os seus bens. Não fique com elas. Dê, dê para quem não possui. Coloque em prática a frase de Jesus: "Vendei... e dai". Assim você encherá as "bolsas que não se estragam".


É lógico que, para viver no mundo, é necessário interessar-se também pelo dinheiro, também pelas coisas materiais. Mas Deus quer que você se ocupe e não que se preocupe. Ocupe-se daquele mínimo que é indispensável para viver de acordo com a sua situação, conforme as suas condições. Quanto ao mais:

"Vendei vossos bens e dai o dinheiro em esmola. Fazei para vós bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói."

O papa Paulo VI era realmente pobre*. Uma demonstração disso foi o modo como ele desejou ser sepultado: num pobre caixão, "na terra nua". Pouco antes de morrer, havia dito a seu irmão: "Faz tempo que eu preparei as malas para aquela viagem tão exigente".


Pois bem, é isso que você deve fazer: preparar as malas.
Nos tempos de Jesus, talvez, as malas se chamassem de bolsas. Prepare-as dia após dia. Procure enchê-las, o mais que puder, com aquilo que pode ser útil para os outros. Você só tem, realmente, aquilo que dá. Lembre-se de quanta fome existe no mundo. Quanto sofrimento. Quantas necessidades.
Ponha nessas malas também todo gesto de amor, toda obra em favor dos irmãos.



Faça essas ações por Ele. Diga-Lhe, do fundo do coração: por Ti. E faça-as bem, com perfeição. Elas estão destinadas ao céu, permanecerão para a eternidade.

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em março de 1979.


* Papa que tinha falecido havia pouco e cujo exemplo foi seguido pelos seus sucessores.

Chiara Lubich

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Palavra de Vida do Mês de Junho

Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer."

Você já imaginou um ramo separado da videira? Não tem futuro, não tem mais nenhuma esperança, não tem fecundidade e o seu fim não pode ser outro senão secar e ser queimado.
Pense a que morte espiritual você está destinado, como cristão, se não permanecer unido a Cristo. É assustador! É a esterilidade completa, mesmo que você trabalhe o dia inteiro, ou que se considere útil à humanidade, mesmo que os amigos o elogiem e que os seus bens terrenos aumentem, ou até que faça sacrifícios consideráveis. Tudo isso pode ter um sentido para você aqui na terra, mas não tem nenhum significado para Cristo e para a vida eterna. E é essa a vida que mais importa.
De que modo você pode permanecer em Cristo e Cristo permanecer em você? Antes de mais nada é preciso que você acredite em Cristo. Contudo, isso não basta. A sua fé deve influir na realidade concreta de sua vida. Ou seja, você deve viver em conformidade com essa fé, colocando em prática as palavras de Jesus.
Ainda assim, Cristo não sentirá sua união com ele, se você não se esforçar para estar inserido na sua comunidade eclesial, na sua Igreja local.

"Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer."
"Aquele que permanece em mim, como eu nele".
Percebeu como Cristo fala de uma unidade sua com ele, mas também de uma unidade dele com você? Se você está unido a ele, ele está em você, está presente no íntimo do seu coração. E daí nasce um relacionamento e um diálogo de amor mútuo, uma colaboração entre Jesus e você, discípulo dele.
E eis a consequência: dar muito fruto, exatamente como um ramo bem unido à videira que produz saborosos cachos de uva."Muito fruto" significa que você será dotado de uma verdadeira fecundidade apostólica, ou seja, da capacidade de abrir os olhos de muitas pessoas para as palavras incomparáveis e revolucionárias de Cristo, e estará em condições de dar a essas pessoas a força de se nortear por elas.
"Muito fruto" significa ainda que você saberá suscitar, ou mesmo desenvolver, obras pequenas ou grandes para atender às mais variadas necessidades do mundo, de acordo com os dons que Deus lhe deu. Todavia, "muito fruto" não significa apenas o bem espiritual ou material dos outros, mas também o seu bem pessoal.
Também o crescimento interior, também a sua santificação pessoal depende da sua união com Cristo.Santificar-se. Nos tempos em que vivemos, talvez essa expressão lhe parecerá um anacronismo, uma coisa inútil, ou uma utopia.
Mas não é assim. O tempo presente passa e, com ele, passam também as visões parciais, errôneas, contingentes. Permanece a verdade. Dois mil anos atrás, Paulo, o Apóstolo, dizia claramente que a santificação é vontade de Deus para todos os cristãos. O Concílio Vaticano II disse que todo o povo de Deus é chamado à santidade.Trata-se de opiniões abalizadas.
Portanto, procure colher, na sua vida, também o "muito fruto" da santificação, que será possível somente se você estiver unido a Cristo. Você notou que Jesus não lhe pede diretamente o fruto, mas que o considera uma consequência do fato de "permanecer" unido a ele?Pode ser que também você caia no erro em que se encontram muitos cristãos: ativismo, ativismo, obras, obras para o bem dos outros, sem terem o tempo de verificar se estão em tudo e por tudo unidos a Cristo.
É um erro. Tem-se a ilusão de produzir frutos, mas não são esses os que Cristo em você, Cristo com você poderia produzir.Para produzir o fruto duradouro, o que tem a marca de Deus, é preciso permanecer unido a Cristo. E, quanto mais você permanecer unido a ele, mais frutos produzirá.
De fato, se você conhece pessoas que vivem dessa maneira, vê que elas, talvez com um simples sorriso, com uma palavra, com o habitual comportamento cotidiano, com sua atitude diante das diversas situações da vida, tocam os corações, levando-os até mesmo a encontrar Deus. E foi o que aconteceu com os santos. Nós também não devemos desanimar. Também os cristãos comuns podem produzir fruto. Veja, por exemplo, esse fato:
Estamos em Portugal. Maria do Socorro entrou na faculdade, após terminar o ensino médio. O ambiente é difícil. Muitos de seus colegas lutam, conforme a própria ideologia, e cada um quer levar consigo os estudantes que ainda não assumiram nenhuma posição política.
Socorro sabe muito bem qual é o seu caminho, embora¬ seja difícil explicá-lo: seguir Jesus e permanecer unida a ele. É tachada de sem posição e sem ideais pelos seus colegas, que não conhecem nada de suas convicções. Algumas vezes, ela sente respeito humano, sobretudo quando entra na igreja. Mas não se desencoraja, porque sabe que deve permanecer unida a Jesus.
Aproxima-se o Natal. Socorro percebe que alguns dos colegas não podem ir festejar essa data com os familiares, pois moram muito longe, e então propõe aos demais colegas que ofereçam juntos um presente aos que não podem viajar. Surpreendentemente, todos aceitam a proposta.
Algum tempo depois acontecem as eleições para representante de curso e, para sua grande surpresa, justamente Socorro é eleita. Mas a surpresa é ainda maior quando lhe dizem: "É lógico que a eleita tenha sido você! É a única que tem uma posição bem definida, que sabe o que quer e o que fazer para realizá-la". Alguns de seus colegas se interessaram pelo seu ideal e decidem viver da mesma forma.
Um bom fruto da perseverança de Maria do Socorro em permanecer unida a Jesus.

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em fevereiro de 1979.
Chiara Lubich

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Para refletir:Vê como vives






"E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: negociai até que eu venha." - Jesus. (LUCAS, 19:13.)
Com a precisa madureza do raciocínio, compreenderá o homem que toda a sua existência é um grande conjunto de negócios espirituais e que a vida, em si, não passa de ato religioso permanente, com vistas aos deveres divinos que nos prendem a Deus.
Por enquanto, o mundo apenas exige testemunhos de fé das pessoas indicadas por detentoras de mandato essencialmente religioso.
Os católicos romanos rodeiam de exigências os sacerdotes, desvirtuando-lhes o apostolado. Os protestantes, na maioria, atribuem aos ministros evangélicos as obrigações mais completas do culto. Os espiritistas reclamam de doutrinadores e médiuns as supremas demonstrações de caridade e pureza, como se a luz e a verdade da Nova Revelação pudessem constituir exclusivo patrimônio de alguns cérebros falíveis.
Urge considerar, porém, que o testemunho cristão, no campo transitório da luta humana, é dever de todos os homens, indistintamente.
Cada criatura foi chamada pela Providência a determinado setor de trabalhos espirituais na Terra.
O comerciante está em negócios de suprimento e de fraternidade.
O administrador permanece em negócios de orientação, distribuição e responsabilidade.
O servidor foi trazido a negócios de obediência e edificação.
As mães e os pais terrestres foram convocados a negócios de renúncia, exemplificação e devotamento.
O carpinteiro está fabricando colunas para o templo vivo do lar.
O cientista vive fornecendo equações de progresso que melhorem o bem-estar do mundo.
O cozinheiro trabalha para alimentar o operário e o sábio.
Todos os homens vivem na Obra de Deus, valendo-se dela para alcançarem, um dia, a grandeza divina. Usufrutuários de patrimônios que pertencem ao Pai, encontram-se no campo das oportunidades presentes, negociando com os valores do Senhor.
Em razão desta verdade, meu amigo, vê o que fazes e não te esqueças de subordinar teus desejos a Deus, nos negócios que por algum tempo te forem confiados no mundo.
EMMANUEL (VINHA DE LUZ)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Indiferença



Haverá maior frio na alma que a indiferença dos nossos semelhantes?

Chico Xavier:
- Pode haver indiferença dos nossos semelhantes para conosco, entretanto de nós para com os outros isso não deveria acontecer.
Cremos que se Jesus houvesse levado em conta nossa incapacidade para assimilar-lhe de pronto o desvelado e intenso amor, o Cristianismo não estaria brilhando, e brilhando cada vez mais na Terra.

Pergunta feita por Fernando Worm.
Consta do livro "Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita,
Escrito por Marlene R. S. Nobre

quarta-feira, 17 de junho de 2009


Mensagem do dia


Sê amigo de quem te busque o apoio, a presença. As criaturas necessitam tanto de pão quanto de amigos para viver. Há quem caminhe na multidão, sofrendo a soledade, necessitando de companhia, de amizade. Nunca permitas que a outra pessoa se afaste da tua presença sem que leve algo bom dos minutos passados contigo. Tens muito a oferecer. Descobrir tais valores, seja o teu primeiro passo. Pô-los a benefício do próximo, o imediato. Ninguém está privado dos bens espirituais, que não possa dispor de alguma coisa para oferecer.

Vida Feliz - Joanna de Ângelis – psicografia de Divaldo P. Franco

Fonte:Site: www.mansaodocaminho.com.br